MPE pede cassação de prefeito de Nossa Senhora das Dores e dos adversários

Promotor denuncia gestor e adversários por crime eleitoral. Ministério Público defende inelegibilidade de acusados.


(Foto: Arquivo Portal Infonet)

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pede a cassação do diploma do prefeito Thiago de Souza Santos, do município de Nossa Senhora das Dores. Na representação, o promotor eleitoral Renato Vieira Dantas Bernardes, revela que o prefeito foi beneficiado por um esquema de distribuição de dinheiro a eleitores feito pelo pai dele, Gilberto dos Santos.


Conforme a representação, Gilberto dos Santos teria distribuído dinheiro entre eleitores na zona rural de Dores no dia da eleição [2 de outubro do ano passado], por volta das 12h. Na ótica do promotor, esta atitude do pai do então candidato também beneficiou o vice-prefeito Ítalo Rodrigues dos Santos. Os dois encabeçaram a chapa “Por Amor à Nossa Terra”, vencedora com 56,67%, e estão no alvo do Ministério Público com pedido de cassação dos respectivos diplomas.


Mesmo que a suposta prática, que caracteriza como crime eleitoral, não tenha sido cometida pelo prefeito ou pelo vice, o promotor eleitoral não tem dúvida que eles devem ser responsabilizados pelos benefícios que receberam. “Na hipótese dos autos, o fato de Gilberto dos Santos ter promovido a captação ilícita de sufrágio não exclui a responsabilidade dos candidatos beneficiários”, destaca o promotor na ação.


Representação


O promotor também ajuizou ação de investigação judicial eleitoral por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio contra o prefeito, o vice e também contra os adversários dele, João Marcelo Montarroyos e Luiz Mário Pereira de Santana, que disputaram a eleição na condição de candidato a prefeito e vice, respectivamente pela chapa “Dores do jeito que a gente quer”, e conquistaram 42,8% dos votos.


Os quatro, enquanto candidatos, são acusados de distribuir camisetas padronizadas entre os eleitores e estes custos não teriam sido declarados na prestação de contas. O promotor eleitoral acredita que, em ambas as situações, houve Caixa 2. “Os candidatos efetuaram gastos à margem da contabilidade, caracterizado Caixa 2 e abuso de poder econômico”. Nesta ação, o promotor eleitoral pede a cassação do registro de candidatura dos quatro e defende a inelegibilidade com cassação dos respectivos diplomas.


Em nota enviada ao Portal Infonet, o prefeito Thiago de Souza informou que responderá às acusações com tranquilidade. Na nota, o prefeito nega qualquer tipo de ação que pudesse interferir na escolha dos eleitores durante a campanha. O prefeito garante que realizou uma campanha “simples para as searas eleitorais” e classifica como infundadas todas as denúncias.


O Portal Infonet tentou ouvir João Marcelo e Luiz Mário, mas não obteve êxito. O Portal permanece à disposição. Informações podem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.


Por Cássia Santana


Fonte: infonet.com.br

22 de Novembro de 2023,
Postado por Visite Dores em Notícias